sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

O PERDÃO E A ORAÇÃO PELO OFENSOR


Uma das chaves do perdão das ofensas é a intercessão, isto é, neste caso, orar pelo nosso ofensor. Em Mateus 5:44-48, Jesus diz:

Mas eu vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei aos que os maldizem, fazei bem aos que vos aborrecem, e orai pelos que vos ultrajam e os perseguem; para que sejais filhos de vosso Pai que está nos céus, que faz sair seu sol sobre maus e bons, e que faz chover sobre justos e injustos. Porque se amais aos que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem também o mesmo os publicanos? E se saudais a vossos irmãos somente, que fazeis de mais? Não fazem também assim os gentios? Sede, pois, vós perfeitos, como vosso Pai que está nos céus é perfeito” (Versão Reina-Valera de 1960, traduzido livremente do espanhol).

Aqui vemos como nossos pensamentos realmente não são os pensamentos de Deus e como Ele costuma nos pedir coisas que são contrárias a mentalidade humana carnal e distorcida pelo pecado.

A intenção do texto acima citado não é que oremos para que o nosso ofensor receba bênçãos, mas que oremos para que ele seja alcançado pela graça de Deus, seja para que receba o dom gratuito da salvação, seja para que, se crente for, receba o quebrantamento quem vem do Espírito Santo a fim de receber a transformação em seu caráter, gerando crescimento, maturidade e libertação do engano do inimigo, bem como para que Deus trate da situação em Seu tempo e da Sua forma. 

Deus quer que vejamos não os erros cometidos, mas a necessidade do ofensor de receber a graça de Deus para a sua salvação ou restauração e, assim fazendo, o Espírito Santo transforma o ódio em amor, mudando a nossa mente, produzindo misericórdia e compaixão em nosso coração.

Trata-se, portanto, de ver a ofensa e o ofensor da perspectiva de Deus e não da nossa, a fim de nos protegermos da raiz de amargura e quebrar o poder que a ofensa tem de determinar nossos pensamentos, reações e comportamentos. Quando não oramos pelo nosso ofensor, damos poder a ele, permitindo que nossas ações sejam moldadas pela ofensa que ele praticou (cf. HUNT, June. Aprenda a perdoar mesmo quando não tem vontade. Rio de Janeiro: Propósito Eterno, 2009, p. 146-150).

Pense nisso: Até que ponto as ofensas praticadas contra nós tem moldado as nossas reações?

Pablo Luiz Rodrigues Ferreira
rugidodaverdade.blogspot.com.br

[Excerto retirado e adaptado do texto de minha autoria: DE ESCRAVO A FILHO: REFLEXÕES NA EPÍSTOLA DE PAULO A FILEMOM CONCERNENTES AO PERDÃO E A GRAÇA ABUNDANTE DE DEUS NA RESTAURAÇÃO DO HOMEM, disponível em: http://rugidodaverdade.blogspot.com.br/2012/03/de-escravo-filho-reflexoes-na-epistola_24.html]


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