segunda-feira, 26 de maio de 2025

PERMITAM-SE SER SIMPLES COMO UMA CRIANÇA: O PERDÃO COMO CHAVE DO REINO DE DEUS.





Naquela hora, os discípulos se aproximaram de Jesus e perguntaram: — Quem é o maior no Reino dos Céus? E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles e disse: — Em verdade lhes digo: se vocês não se converterem e não se tornarem como crianças, de maneira nenhuma entrarão no Reino dos Céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. E quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, é a mim que recebe.” (Mateus‬ ‭18‬:‭1‬-‭5‬ ‭NAA)‬‬


Uma das ênfases que o Novo Testamento nos traz a respeito da pessoa de Deus é a sua paternidade em relação às pessoas que ele comprou por meio do sangue de Jesus. Na oração do Pai Nosso, Jesus nos ensinou a invocar Deus como pai e isso não é à toa: Deus se mostra ainda mais íntimo do seu povo como o Pai, aquele que ama, conduz, ensina e disciplina seus filhos para que estes não se percam (Mt 6:9). 


Deus anseia ter relacionamento conosco, mas ele não nos força para tanto. Como um pai amoroso, ele espera o nosso passo de fé, respondendo ao seu chamado. Deus quer que sejamos como uma criança, com corações humildes, sinceros e que confiam e dependem totalmente dele. Ele quer cuidar de nós, mas muitas vezes somos nós que não permitimos que ele cuide como um bom pai. Nós mesmos frequentemente colocamos barreiras no nosso relacionamento com ele: queremos que a nossa vontade seja feita porque não confiamos que Deus tem o melhor pra nós. E de onde vem isso? O que nos impede de alcançar esse nível de relacionamento?


Nós nos relacionamos com Deus da mesma forma que nos relacionamos com as pessoas. Nós aprendemos a nos relacionar com Deus, tendo como referencial aquilo que nós aprendemos com as pessoas ao nos relacionarmos com elas, principalmente com pai, mãe, irmãos, amigos. Nós transferimos para Deus tudo aquilo que nós aprendemos com as pessoas. 


Nossos relacionamentos nesse mundo são imperfeitos; todos eles deixam marcas. Nós vamos transferir para Deus todos os padrões de alegria, satisfação, segurança, cuidado ou falta destes. Vamos transferir os aspectos negativos, tal como as mágoas, os ódios, as tristezas, os bloqueios. Por isso, é tão importante perdoar; tanto isso é verdade que o perdão é um dos princípios essenciais da oração do Pai Nosso (Mt 6:12, 14-15). 


Não nos enganemos: transferimos para Deus toda mágoa não perdoada; isso é automático. Tudo aquilo que me separa do meu próximo também me separa de Deus:


Nós amamos porque ele nos amou primeiro. Se alguém disser: “Amo a Deus”, mas odiar o seu irmão, esse é mentiroso. Pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. E o mandamento que dele temos é este: quem ama a Deus, que ame também o seu irmão” (‭‭1João‬ ‭4‬:‭19‬-‭21‬ ‭NAA‬‬).


Cuidem para que ninguém fique afastado da graça de Deus, e que nenhuma raiz de amargura, brotando, cause perturbação, e, por meio dela, muitos sejam contaminados” (‭‭Hebreus‬ ‭12‬:‭15‬ ‭NAA)‬.‬


Deus quer que curemos os nossos relacionamentos por meio do perdão e da reconciliação, quando esta última é possível. Precisamos curar o nosso coração por meio do perdão para que os canais de relacionamento com Deus estejam limpos e possamos desfrutar da sensação maravilhosa de ser cuidado por ele e perceber o seu amor pulsante por nós. 


Deus nos vê de forma diferente como nós nos vemos: ele nos vê com muito amor. Nós é que não conseguimos nos ver como Deus nos vê. Temos também que nos perdoar pelas falhas que cometemos: não se perdoar cria uma barreira muito grande para aceitar o amor de Deus. O Senhor nos quer livres para que possamos receber o seu amor profundamente. A nossa parte é ser como crianças, que se permitem confiar no pai, com corações humildes, sinceros e que dependem totalmente dele. Esse é o ponto relevante de Mateus 18:1-5: diante de Deus, nós não podemos fazer nada para alcançar o Reino; nós apenas podemos recebê-lo como um presente de Deus, uma graça imerecida, tal como as crianças que são seres dependentes e recebem todas as coisas que elas necessitam de seus cuidadores.


Quando abrimos o nosso coração em humildade pra Deus e nos permitimos confiar nele, sem reservas, depender dele totalmente, ele faz grandes costuras em nós em relação àquilo que está sangrando dentro da nossa consciência. 


Relacionamentos em que houve a falta de cuidado adequado por partes dos pais; abusos físicos, sexuais, emocionais, espirituais; abandono; bullying, entre outras feridas emocionais, danificam a nossa capacidade de confiar, de ser receptivos e de depender de Deus. 


Todas essas feridas deixam uma raiz de medo e ódio muito forte, de modo que não confiamos no Senhor porque transferimos para ele o medo e o ressentimento que se originou do relacionamento com as pessoas.


Nesse dia de hoje, eu convido você a se colocar diante do Pai celestial e lhe perguntar de onde vêm as barreiras que lhe impedem de vê-lo como um pai bondoso e amoroso. Pergunte ao Senhor quais são as mentiras que você tem acreditado a respeito de você mesmo e de Deus e que tem lhe impedido de depender dele e de vê-lo como um pai que lhe recebe como um filho bendito e aceito. 


Muitas vezes, temos nutrido pensamentos negativos como: “eu não sou digno de ser amado”, “eu não tenho valor”, “eu não vou ser ninguém”, “eu não posso, eu não consigo”, “eu só tenho valor quando obtenho êxito”, etc. Frequentemente, nutrimos essas mentiras no nosso íntimo e nem temos percepção delas, porque se originam na mente inconsciente, mas elas moldam as nossas ações.


Caso o senhor lhe mostre uma lembrança muito triste, perdoe as pessoas envolvidas e que lhe ofenderam. Não espere até você sentir que tem que perdoar. O perdão é pela fé. O perdão não é pelo sentir. Pelo sentir, nunca perdoaremos. Pela fé, você declara perdão. Pela fé, você rasga a dívida emocional que tem com as pessoas. Pela fé, você libera a pessoa e depois você experimenta o alívio emocional do perdão que você declarou. O perdão é uma decisão.


O perdão também é um processo e a cada camada de ofensa perdoada somos mais livres: uma mesma pessoa pode precisar ser perdoada mais de uma vez por fatos diferentes. Ou um mesmo fato vai precisar ser trabalhado em diversas camadas de perdão, porque esse fato originou diversas consequências. 


Permita-se ser receptivo e confiar de novo, escutar do Senhor quais são as mentiras que você tem acreditado a respeito de si mesmo. Identificadas as mentiras, renuncie-as no nome e no sangue de Jesus. Pergunte ao Senhor qual a verdade que ele quer revelar a respeito do fato que tanto lhe feriu. Pergunte o que ele quer colocar no meio daquele vazio que ficou da ferida que foi perdoada.


Se você precisar, busque ajuda por meio de uma pessoa que possa fazer essa oração com você, mas não deixe de ser curado (Tg 5:16). O Senhor quer restaurar aquilo que foi perdido e se reconciliar com você num nível que você nunca imaginou e lhe amar de um jeito que você nunca percebeu. Ele quer lhe mostrar a profundidade do amor com o qual ele lhe ama.


Lembre-se: tudo aquilo que me separa do próximo me separa de Deus e ele quer remover todas as barreiras que ficaram dos relacionamentos para que você possa vê-lo como ele é de verdade.


Que essa reflexão seja um pontapé inicial para que coisas tremendas aconteçam na sua vida. Eu oro pra que você receba a cura que vem do Senhor; ele é fiel pra lhe restaurar.


Pablo Ferreira

Revisado por Elisa Hitomi

25.05.2025


[Leitura adicional: Sozo - Salvos, Curados, Libertos. Autoras: Dawna de Silva e Teresa Liebscher. Ed. Chara]


quinta-feira, 1 de maio de 2025

PERDÃO, ORAÇÃO E CRUCIFICAÇÃO





“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”. Romanos‬ ‭8‬:‭28‬ ‭ARA‬‬

Em uma oração, eu relembrei que uma das coisas mais importantes para o perdão, quando passamos por deslealdade, traição, abandono e abuso é levar a situação para a cruz, confessar que doeu muito, sentir aquela dor, ser sincero sobre a dor, visualizar o Cristo crucificado, ver que Ele nos amou e sofreu todas aquelas dores pra nos salvar. 

Pela fé e não por sentimentos, temos que confessar que a dor que sentimos é excruciante, mas que ela COOPERA para o caráter que Deus quer forjar em nós. Ele quer usar aquela dor pra que tenhamos mais discernimento como agentes do Reino. Ele nos usará naquela dor com a qual fomos atingidos, quer para acolher outros, quer para detectarmos pessoas de má índole, etc. 

Nenhuma experiência é desperdiçada por Deus e tudo é usado como matéria prima para a edificação do Corpo de Cristo, que é a igreja que Ele remiu. Devemos ter isso em consciência para liberar as pessoas que nos feriram e sair da cadeira de vítima. 

Pablo Ferreira

rugidodaverdade@blogspot.com

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

O ROMPER DO SEXTO SELO: O DERRAMAMENTO DA IRA DO CORDEIRO



"Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto. O sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda, como sangue, as estrelas do céu caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos verdes, e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar. Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?"
(Apocalipse 6:12-17 ARA).

O texto acima é uma das descrições que o livro de Apocalipse apresenta a respeito do juízo final de Deus sobre toda a impiedade e injustiça humana. A maldade humana não passará impune de forma alguma: será objeto da ira de Deus o Pai e também da ira do Cordeiro, de Jesus, o Senhor e Salvador, o Deus de amor e de justiça e santidade.

Nenhum ímpio escapará: sejam eles governantes, pessoas importantes ou o menor do povo.

Interessante de observar é o que os ímpios tentarão fazer quando do despejar do juízo:

"e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro" (Apocalipse 6:16 ARA).

Tentarão encontrar refúgio até mesmo na morte, mas nem mesmo esta será capaz de lhes livrar.

Oh terrível dia de pavor e agonia intensas para aqueles que se perdem!

O texto acima também enfatiza uma grande verdade perdida no meio dos Evangélicos hoje: a ira de Deus, sobretudo a ira do Salvador, que não pode suportar qualquer forma de injustiça e iniquidade e que prova a sua noiva para purificá-la, porque ele disciplina a quem ama (Ap 3:19).

Bem-aventurados são aqueles que lavam as suas vestes no sangue do Cordeiro por meio do arrependimento de seus pecados e se convertem dos seus maus caminhos: esse é o único jeito de escapar da ira vindoura (Ap 22:14).

Pense nisso.

Pablo Ferreira


segunda-feira, 9 de julho de 2018

STUART OLYOTT, UM PREGADOR NADA ENFADONHO



Falar de Stuart Olyott em poucas linhas é um trabalho árduo. Todos os seus livros são claros e explicados num estilo simples e vívido e trazem lições e aplicações profundas. Ele mostra um equilíbrio entre simplicidade e profundidade e o quanto uma coisa não exclui a outra. Com um humor britânico aguçado, que lhe é próprio, ele expõe, exorta e instrui a nossa consciência nas verdades bíblicas do Evangelho.

Acho que, mais do que ninguém, ele defende a ideia de que Jesus não era um pregador enfadonho e, da mesma forma, ele não o é, sempre capturando nossa atenção com seu estilo expositivo dinâmico.

De família britânica, ele nasceu no Paquistão, em 1942. Foi criado na Ásia, Inglaterra e País de Gales. Pastoreou igrejas em Londres, Liverpool e Lausanne. Atualmente, é o Diretor Pastoral do Movimento Evangélico do País de Gales. Viaja por muitos lugares, servindo como preletor em conferências. É autor de vários livros.

Aqui no Brasil, creio que seu livro mais conhecido é OUSE SER FIRME, publicado pela Editora Fiel, que é um comentário sobre o livro de Daniel.

Outra obra que merece destaque é PREGAÇÃO PURA E SIMPLES, na qual ele nos ensina sobre os fundamentos bíblicos da pregação, bem como delimita uma metodologia para a preparação de sermões. Esse foi publicado pela Editora Fiel e pode ser baixado gratuitamente no site da editora em pdf.

Enfim, esse é um dos grandes legados que eu recebi da Igreja Presbiteriana da Marambaia, conhecer um autor desta envergadura. E tudo começou com um professor de escola bíblica dominical que dividiu as lições do livro OUSE SER FIRME conosco...

Toda a glória seja dada a Deus por tão grande exemplo, por um pregador nada enfadonho e comprometido com a pregação expositiva da Palavra de Deus.

Pablo Ferreira
rugidodaverdade.blogspot.com.br

quarta-feira, 6 de junho de 2018

PREGAÇÃO EXPOSITIVA: UMA REFLEXÃO


Pregar expositivamente significa que o pregador tem de expor textos e livros inteiros da Bíblia para ensinar o povo, delineando seu contexto e significado textual e histórico, bem como seu encaixe na Escritura como um todo harmônico. Infelizmente, a maioria dos pregadores de hoje usa aquilo que eu chamo de pregação devocional: usa-se um versículo ou poucos de forma descontextualizada apenas como um ponto de partida, um pretexto para uma reflexão e, ao fim e ao cabo, as pessoas continuam no analfabetismo bíblico.

Meu desejo é que a pregação expositiva volte aos púlpitos com poder e autoridade do Espírito Santo para que o povo de Deus seja edificado com a riqueza da Palavra.

A meu sentir, deixar de pregar expositivamente nada mais é do que jogar fora o tesouro que Deus nos deu em sua Palavra, bem como sonegar a exposição da glória revelada do Senhor em sua Palavra na redenção do Seu povo.

Pense nisso.

Pablo Ferreira

rugidodaverdade.blogspot.com.br

terça-feira, 27 de março de 2018

SANTIDADE NÃO É PESO, É UMA QUESTÃO DE AMOR


A maior desgraça que um cristão pode desfrutar é que seu “Evangelho” seja puramente intelectual, isto é, algo que fica só na mente como um conjunto de doutrinas, de informação racional, intelectual.

Deus quer nosso coração:

“Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jeremias 29:13 ARA).

Como resultado da rendição incondicional do nosso coração ao Senhor, do nosso orgulho e da nossa independência para a completa dependência dEle, experimentamos o Seu amor como o Aba Pai e a nossa mente vai sendo transformada na medida em que experimentamos na prática do relacionamento com Deus esse amor (1 Pedro 2:3).

Recebemos esse amor e nos sentimos tão amados que queremos ser santos como Ele é porque isso se torna um prazer para nós e porque não queremos que nada nos separe do amor do Pai.

Pecaremos ainda? Sim, porque somos imperfeitos, fracos e precisamos aceitar nossa imperfeição, sabendo, entretanto, que o poder de Deus se aperfeiçoa na nossa fraqueza (2 Coríntios 12:9).

Entretanto, nunca mais faremos pacto com a rebeldia e a mente cauterizada.

Não se desenvolve a santidade só na mente. Ela é uma questão que começa no coração. A mente é atingida como consequência de um coração que se quebranta constantemente, que se rende incondicionalmente na presença do Senhor e recebe do Seu amor num nível profundo.

Desenvolver santidade num nível puramente racional, intelectual é um engano do diabo, porque, em verdade, o coração ainda reproduz a linguagem do demônio: “eu farei a minha vontade” ao invés de falar a linguagem do céu: “seja feita a Tua vontade assim na Terra como nos céus”.

A santidade num nível puramente racional é prisão de frustração. Nunca conseguiremos atingir os padrões do Evangelho dessa forma e ficaremos aprisionados num calabouço de auto condenação: passaremos a nos culpar o tempo todo por não conseguir atingir os padrões do Evangelho e estaremos na casa de Deus pior do que quando estávamos entregues à própria sorte, sentindo-nos indignos como filhos.

O coração rendido entrega tudo o que tem para Deus de modo que todo o nosso ser passa a ser preenchido e transbordado pelo Espírito Santo: o coração, a mente, as emoções e até o corpo, que antes era instrumento do pecado.

Deus quer ocupar a casa toda e não só a mente. Ele quer fazer tudo transbordar, porque somos o templo do Espírito Santo.

A verdadeira santidade surge à luz do modelo do relacionamento de Jesus com o Pai, que é o de completa confiança. E a confiança nasce no meio do lugar de VERDADEIRA VULNERABILIDADE NO CORAÇÃO DO PAI.

A realidade atual é que muitas pessoas estão crescendo sem referencial de pai e de mãe amorosos (muitos são críticos, amaldiçoam com palavras e perfeccionistas demais, infelizmente); é epidêmico o fato de que muitas pessoas vivenciaram e vivenciam situações de abandono dos pais, seja abandono físico, financeiro ou emocional (inclusive pais pastores que dão prioridade ao ministério em detrimento de sua família), bem como abusos físicos, emocionais e sexuais dentro do próprio lar. Por conta de tudo isso, não conseguem ver Deus como um Pai bondoso que as ama.

Para pessoas que crescem sem referencial de pais amorosos ou que sofreram abandonos e abusos, o mais doloroso é estar num lugar de vulnerabilidade, porque, um dia, este lugar de vulnerabilidade as levou para o lugar do abuso e do abandono.

As pessoas feridas dessa forma constroem defesas emocionais, verdadeiras fortalezas na mente de orgulho, de aquisição de conhecimento para se autoafirmarem e serem aceitas pelos outros, de ira, de soberba, de rebeldia, de ódio e muitos outros sentimentos para não mais ser vulnerável e não mais ser ferida.

Esse lugar também tem um alto preço: as pessoas feridas emocionalmente não permitem que outras pessoas entrem em seu mundo interior e isso custa um alto preço de esgotamento físico e mental porque tais pessoas passam a vida toda em estado de alerta para não ser abusadas, abandonadas e/ou feridas de novo. Isto tudo porque a intimidade significou e significa um lugar de dor para essas pessoas.

Qualquer que tenha sido a nossa história de vida, Deus nos chama para darmos a Ele aquilo que mais temos medo de dar: a nossa vulnerabilidade para Ele, o completo controle de nossa vida para Ele para que o amor dEle possa nos transformar de dentro para fora. Só assim o pecado deixará de ser uma realidade que nos define para ser uma realidade periférica em nossa mente e coração.

Deus nos chama para processar as nossas emoções e as nossas crenças na presença dEle. Muitos estão longe de Deus, porque estão longe do próprio coração: não aprenderam a se escutar e entender sua própria necessidade e tem vergonha de si mesmo e dos próprios sentimentos. Deus quer quebrar esse ciclo.

Pense nisso: o que tem lhe impedido de ser verdadeiramente vulnerável diante do coração do Pai? Vergonha? Medo de ser ferido novamente? Bem no seu íntimo, você acha que Deus o desamparará ou não o receberá como você é? Você tem se culpado por não atingir um padrão de santidade? Será que seu Evangelho tem sido puramente intelectual?

Deixe o Espírito Santo lhe sondar e lhe mostrar a verdade em amor para que seu coração seja transformado e, por conseguinte, sua mente. Dê uma oportunidade para si mesmo: questione-se.

Pablo Luiz R. Ferreira

rugidodaverdade.blogspot.com.br

quarta-feira, 21 de março de 2018

ANSEIO PELA PUREZA


“Quanto mais santo o homem se torna, mais ele chora pela impureza que permanece nele” (C. S. Lewis).

Creio firmemente que essas palavras de C. S. Lewis acima citadas devem ser uma verdade em nossas vidas não no sentido de que nós nos depreciemos por causa do pecado que há em nós, até mesmo porque a graça de Deus aceita incondicionalmente pecadores que incondicionalmente se rendem ao senhorio de Cristo.

O verdadeiro alcance da citação, pelo menos ao meu ver, tem de ser no sentido de que, quanto mais nós avançamos no processo de santificação, mais vamos percebendo o quanto Deus é puro e santo e não queremos que nada fique em nossa vida que macule a nossa intimidade com Ele. É uma questão de intimidade: não queremos que nada contamine nossa relação com o Pai Celestial, nem entristeça o doce coração dEle. Passamos a ter zelo pelo coração de Deus, porque Ele imensamente nos ama.

“Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força” (Deuteronômio 6:5 ARA).

“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:8 ARA)

Pense nisso: em que medida você tem esse desejo de dar pureza ao Pai Celestial? Em que medida o seu coração tem se quebrantado diante de Deus pelas coisas que mancham o seu relacionamento com Ele? Você tem tido zelo pelo coração de Deus?

Pablo Luiz Rodrigues Ferreira
rugidodaverdade.blogspot.com.br

terça-feira, 20 de março de 2018

O SACRIFÍCIO DE CRISTO NA CRUZ: UM RETRATO DA SEVERIDADE E DA BONDADE DE DEUS



“Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas, para contigo, a benignidade de Deus, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira, também tu serás cortado” (Romanos 11:22 ARC95).

Não podemos pensar em um avivamento para os dias de hoje se acharmos que a questão do pecado é coisa pouca. Custou o sacrifício de Jesus. Na cruz, nós vemos a severidade e a bondade de Deus. A severidade porque Deus é um Deus Santo que não pode transbordar onde há pecado. A bondade porque, por meio do sacrifício de Jesus, Deus aceita incondicionalmente pecadores que incondicionalmente se rendem ao senhorio de Cristo. A única forma de escapar da ira de Deus é correr para o seu amor.

Pense nisso.

Pablo Ferreira
rugidodaverdade.blogspot.com.br

quinta-feira, 1 de março de 2018

DOR


“Por isso não desanimamos. Pelo contrário, mesmo que o nosso ser exterior se desgaste, o nosso ser interior se renova dia a dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um eterno peso de glória, acima de toda comparação, na medida em que não olhamos para as coisas que se veem, mas para as que não se veem. Porque as coisas que se veem são temporais, mas as que não se veem são eternas” (2 Coríntios 4:16-18 NA17).

Muitas vezes, o melhor de Deus para nós, por um tempo, é a dor: para nos moldar, fazer apodrecer o nosso orgulho e matar a nossa carcaça de pecado. Entretanto, esse é um processo que traz um imenso peso de glória porque, ainda que passemos pela dor, temos um imenso potencial de verdadeiramente sermos livres do velho homem.

Na dor, peça a Deus para lhe direcionar para que você morra para o seu velho eu e um novo eu revestido do fruto do Espírito Santo e de Seu poder possa surgir.

Queira aprender de Deus com a dor.

Pablo Ferreira
rugidodaverdade.blogspot.com.br

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

O PRIVILÉGIO DE SER DIFERENTE


"Quando nós perdemos o direito de ser diferentes, nós perdemos o privilégio de sermos livres" (Charles Evans Hughes).

Como cristãos, a Bíblia nos chama para sermos diferentes e não tomarmos as formas deste mundo (Romanos 12:2). Quando somos separados pela verdade por meio do arrependimento constante de nossas obras mortas, a nossa mente é renovada e somos verdadeiramente livres, porque estamos em comunhão com o Pai, que nos chamou para ser um só espírito com Ele e recebemos dEle o amor incondicional que nos aceita como filhos amados.

Se a nossa vida não for marcada pela diferença da liberdade em Cristo Jesus e do amor que decorre dEle, nada mais nos distinguirá e somos, em verdade, escravos na mente e não livres se essa transformação diferenciadora não ocorre.

Cristo em nós é a diferença: se Ele e Sua Palavra não forem suficientes para atrair as pessoas, nada mais as atrairá.

Pense nisso: que obras mortas necessitam sair de sua vida para que Cristo seja a diferença, tal como a mente amargurada ou a religiosidade?

Não perca o seu direito de ser diferente para ser verdadeiramente livre.


Pablo Ferreira
pablolrferreira@hotmail.com
rugidodaverdade.blogspot.com.br