terça-feira, 19 de julho de 2011

CRISTO VEIO PARA ENDIREITAR OS CAMINHOS TORTUOSOS E QUEBRAR AS TRANCAS DE FERRO – reflexões em Isaías 45:1-10


         “Assim diz o Senhor ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis; para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão; eu irei adiante de ti, e tornarei planos os lugares escabrosos; quebrarei as portas de bronze, e despedaçarei os ferrolhos de ferro. Dar-te-ei os tesouros das trevas, e as riquezas encobertas, para que saibas que eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que te chamo pelo teu nome. Por amor de meu servo Jacó, e de Israel, meu escolhido, eu te chamo pelo teu nome; ponho-te o teu sobrenome, ainda que não me conheças. Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus; eu te cinjo, ainda que tu não me conheças. Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro. Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu sou o Senhor, que faço todas estas coisas. Destilai vós, céus, dessas alturas a justiça, e chovam-na as nuvens; abra-se a terra, e produza a salvação e ao mesmo tempo faça nascer a justiça; eu, o Senhor, as criei: Ai daquele que contende com o seu Criador! o caco entre outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes? ou dirá a tua obra: Não tens mãos? Ai daquele que diz ao pai: Que é o que geras? e à mulher: Que dás tu à luz?” (Isaías 45:1-10).
         Ao longo da história, o nosso Senhor sempre levantou um libertador para retirar o seu povo do cativeiro, trazendo liberdade e restauração. Em Isaías 45, vemos um claro retrato desta verdade, em que Deus levanta o Rei Ciro para libertar o povo de Judá das mãos do domínio da Babilônia, decretando a liberdade do seu povo e trazendo à luz as promessas de reconstrução da identidade da nação.
Hoje, a libertação propiciada por Ciro representa a obra de salvação que o Senhor Jesus já consumou na cruz por nós. Ele abate os inimigos de nossa alma, abrindo as portas para a nossa salvação (v.1); endireita os caminhos maus em que andávamos e nos causavam dor e sofrimento, restaurando a nossa identidade e personalidade, libertando-nos das nossas prisões interiores e quebrando as trancas das maldições (v.2).
Deus propicia esta obra de restauração por amor de seu povo (v.5) e não devemos esquecer que, para que isto seja possível, há o custo de um relacionamento de exclusividade com o Senhor, ou seja, temos que lançar fora tudo aquilo que possa ocupar o lugar de Deus em nosso coração. Só assim poderemos desfrutar da salvação e da justiça de Deus, a qual cobre os nossos pecados pelo sangue de Jesus (vv.5-8).
Por fim, não podemos ser imediatistas. A restauração é um processo, assim como foi a reconstrução de Jerusalém e do Templo. Temos de ter paciência e confiar que o Senhor nos ajudará na mudança, não como queremos, mas como Ele deseja, por que Ele sabe o que é o melhor para nós.
Temos de nos dispor a sermos mudados e nos submeter à ação de Deus, como um vaso de barro moldado nas mãos do oleiro (v. 9-10), dependendo do ministério do Espírito Santo de nos convencer do pecado, da justiça e do juízo de Deus, conduzindo-nos no caminho da verdade (João 16:8-13).
E quem é a verdade senão o próprio Cristo? “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6).
Infelizmente, muitos tem andado fracos e doentes espiritualmente e não são poucos os que andam dormindo o sono da religiosidade porque não tem participado da união efetiva de intimidade com Deus, andam indignamente em relação ao chamado que o Senhor nos deu, em virtude de não ter aprendido a discernir o corpo de Cristo, trazendo morte e juízo para si (1 Coríntios 11:23-32).
Somente o Espírito Santo pode nos conduzir até a Presença de Deus, despertando o nosso ser para discernir o corpo de Cristo. Discernir o corpo de Cristo não é um conhecimento intelectual acerca da sua obra na cruz, mas uma profunda comunhão com Ele através do Espírito Santo, o qual traz a essência do Cristo ressurreto para nós, “transpondo-a” em nós, dentro de nós e através de nós, renovando todo o nosso ser.
Deus quer nos dar os “tesouros escondidos” do relacionamento com Ele para que o conheçamos como Ele é e sejamos transformados à imagem de seu Filho Jesus (Isaías 45:3).
No dia de hoje, pense: o que tem afastado você de Deus e feito você andar indignamente? Qual a sua necessidade mais urgente de arrependimento e quebrantamento das suas vontades para que você possa aprender e desfrutar dos benefícios de discernir o corpo de Cristo?


Pablo Luiz Rodrigues Ferreira
Julho de 2011
rugidodaverdade.blogspot.com


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