terça-feira, 27 de março de 2018

SANTIDADE NÃO É PESO, É UMA QUESTÃO DE AMOR


A maior desgraça que um cristão pode desfrutar é que seu “Evangelho” seja puramente intelectual, isto é, algo que fica só na mente como um conjunto de doutrinas, de informação racional, intelectual.

Deus quer nosso coração:

“Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jeremias 29:13 ARA).

Como resultado da rendição incondicional do nosso coração ao Senhor, do nosso orgulho e da nossa independência para a completa dependência dEle, experimentamos o Seu amor como o Aba Pai e a nossa mente vai sendo transformada na medida em que experimentamos na prática do relacionamento com Deus esse amor (1 Pedro 2:3).

Recebemos esse amor e nos sentimos tão amados que queremos ser santos como Ele é porque isso se torna um prazer para nós e porque não queremos que nada nos separe do amor do Pai.

Pecaremos ainda? Sim, porque somos imperfeitos, fracos e precisamos aceitar nossa imperfeição, sabendo, entretanto, que o poder de Deus se aperfeiçoa na nossa fraqueza (2 Coríntios 12:9).

Entretanto, nunca mais faremos pacto com a rebeldia e a mente cauterizada.

Não se desenvolve a santidade só na mente. Ela é uma questão que começa no coração. A mente é atingida como consequência de um coração que se quebranta constantemente, que se rende incondicionalmente na presença do Senhor e recebe do Seu amor num nível profundo.

Desenvolver santidade num nível puramente racional, intelectual é um engano do diabo, porque, em verdade, o coração ainda reproduz a linguagem do demônio: “eu farei a minha vontade” ao invés de falar a linguagem do céu: “seja feita a Tua vontade assim na Terra como nos céus”.

A santidade num nível puramente racional é prisão de frustração. Nunca conseguiremos atingir os padrões do Evangelho dessa forma e ficaremos aprisionados num calabouço de auto condenação: passaremos a nos culpar o tempo todo por não conseguir atingir os padrões do Evangelho e estaremos na casa de Deus pior do que quando estávamos entregues à própria sorte, sentindo-nos indignos como filhos.

O coração rendido entrega tudo o que tem para Deus de modo que todo o nosso ser passa a ser preenchido e transbordado pelo Espírito Santo: o coração, a mente, as emoções e até o corpo, que antes era instrumento do pecado.

Deus quer ocupar a casa toda e não só a mente. Ele quer fazer tudo transbordar, porque somos o templo do Espírito Santo.

A verdadeira santidade surge à luz do modelo do relacionamento de Jesus com o Pai, que é o de completa confiança. E a confiança nasce no meio do lugar de VERDADEIRA VULNERABILIDADE NO CORAÇÃO DO PAI.

A realidade atual é que muitas pessoas estão crescendo sem referencial de pai e de mãe amorosos (muitos são críticos, amaldiçoam com palavras e perfeccionistas demais, infelizmente); é epidêmico o fato de que muitas pessoas vivenciaram e vivenciam situações de abandono dos pais, seja abandono físico, financeiro ou emocional (inclusive pais pastores que dão prioridade ao ministério em detrimento de sua família), bem como abusos físicos, emocionais e sexuais dentro do próprio lar. Por conta de tudo isso, não conseguem ver Deus como um Pai bondoso que as ama.

Para pessoas que crescem sem referencial de pais amorosos ou que sofreram abandonos e abusos, o mais doloroso é estar num lugar de vulnerabilidade, porque, um dia, este lugar de vulnerabilidade as levou para o lugar do abuso e do abandono.

As pessoas feridas dessa forma constroem defesas emocionais, verdadeiras fortalezas na mente de orgulho, de aquisição de conhecimento para se autoafirmarem e serem aceitas pelos outros, de ira, de soberba, de rebeldia, de ódio e muitos outros sentimentos para não mais ser vulnerável e não mais ser ferida.

Esse lugar também tem um alto preço: as pessoas feridas emocionalmente não permitem que outras pessoas entrem em seu mundo interior e isso custa um alto preço de esgotamento físico e mental porque tais pessoas passam a vida toda em estado de alerta para não ser abusadas, abandonadas e/ou feridas de novo. Isto tudo porque a intimidade significou e significa um lugar de dor para essas pessoas.

Qualquer que tenha sido a nossa história de vida, Deus nos chama para darmos a Ele aquilo que mais temos medo de dar: a nossa vulnerabilidade para Ele, o completo controle de nossa vida para Ele para que o amor dEle possa nos transformar de dentro para fora. Só assim o pecado deixará de ser uma realidade que nos define para ser uma realidade periférica em nossa mente e coração.

Deus nos chama para processar as nossas emoções e as nossas crenças na presença dEle. Muitos estão longe de Deus, porque estão longe do próprio coração: não aprenderam a se escutar e entender sua própria necessidade e tem vergonha de si mesmo e dos próprios sentimentos. Deus quer quebrar esse ciclo.

Pense nisso: o que tem lhe impedido de ser verdadeiramente vulnerável diante do coração do Pai? Vergonha? Medo de ser ferido novamente? Bem no seu íntimo, você acha que Deus o desamparará ou não o receberá como você é? Você tem se culpado por não atingir um padrão de santidade? Será que seu Evangelho tem sido puramente intelectual?

Deixe o Espírito Santo lhe sondar e lhe mostrar a verdade em amor para que seu coração seja transformado e, por conseguinte, sua mente. Dê uma oportunidade para si mesmo: questione-se.

Pablo Luiz R. Ferreira

rugidodaverdade.blogspot.com.br

quarta-feira, 21 de março de 2018

ANSEIO PELA PUREZA


“Quanto mais santo o homem se torna, mais ele chora pela impureza que permanece nele” (C. S. Lewis).

Creio firmemente que essas palavras de C. S. Lewis acima citadas devem ser uma verdade em nossas vidas não no sentido de que nós nos depreciemos por causa do pecado que há em nós, até mesmo porque a graça de Deus aceita incondicionalmente pecadores que incondicionalmente se rendem ao senhorio de Cristo.

O verdadeiro alcance da citação, pelo menos ao meu ver, tem de ser no sentido de que, quanto mais nós avançamos no processo de santificação, mais vamos percebendo o quanto Deus é puro e santo e não queremos que nada fique em nossa vida que macule a nossa intimidade com Ele. É uma questão de intimidade: não queremos que nada contamine nossa relação com o Pai Celestial, nem entristeça o doce coração dEle. Passamos a ter zelo pelo coração de Deus, porque Ele imensamente nos ama.

“Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força” (Deuteronômio 6:5 ARA).

“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:8 ARA)

Pense nisso: em que medida você tem esse desejo de dar pureza ao Pai Celestial? Em que medida o seu coração tem se quebrantado diante de Deus pelas coisas que mancham o seu relacionamento com Ele? Você tem tido zelo pelo coração de Deus?

Pablo Luiz Rodrigues Ferreira
rugidodaverdade.blogspot.com.br

terça-feira, 20 de março de 2018

O SACRIFÍCIO DE CRISTO NA CRUZ: UM RETRATO DA SEVERIDADE E DA BONDADE DE DEUS



“Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas, para contigo, a benignidade de Deus, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira, também tu serás cortado” (Romanos 11:22 ARC95).

Não podemos pensar em um avivamento para os dias de hoje se acharmos que a questão do pecado é coisa pouca. Custou o sacrifício de Jesus. Na cruz, nós vemos a severidade e a bondade de Deus. A severidade porque Deus é um Deus Santo que não pode transbordar onde há pecado. A bondade porque, por meio do sacrifício de Jesus, Deus aceita incondicionalmente pecadores que incondicionalmente se rendem ao senhorio de Cristo. A única forma de escapar da ira de Deus é correr para o seu amor.

Pense nisso.

Pablo Ferreira
rugidodaverdade.blogspot.com.br

quinta-feira, 1 de março de 2018

DOR


“Por isso não desanimamos. Pelo contrário, mesmo que o nosso ser exterior se desgaste, o nosso ser interior se renova dia a dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um eterno peso de glória, acima de toda comparação, na medida em que não olhamos para as coisas que se veem, mas para as que não se veem. Porque as coisas que se veem são temporais, mas as que não se veem são eternas” (2 Coríntios 4:16-18 NA17).

Muitas vezes, o melhor de Deus para nós, por um tempo, é a dor: para nos moldar, fazer apodrecer o nosso orgulho e matar a nossa carcaça de pecado. Entretanto, esse é um processo que traz um imenso peso de glória porque, ainda que passemos pela dor, temos um imenso potencial de verdadeiramente sermos livres do velho homem.

Na dor, peça a Deus para lhe direcionar para que você morra para o seu velho eu e um novo eu revestido do fruto do Espírito Santo e de Seu poder possa surgir.

Queira aprender de Deus com a dor.

Pablo Ferreira
rugidodaverdade.blogspot.com.br