segunda-feira, 16 de maio de 2011

O CUIDADO COM AS PESSOAS: PARA REFLETIR



Hoje, as pessoas se esqueceram de um princípio básico na fé cristã, o de que para Deus se faz tudo com ordem, decência e responsabilidade pessoal. As pessoas não são nossos joguetes para as utilizarmos como queremos; se há pessoas, elas são preciosas e temos de tratá-las com responsabilidade e hombridade na Casa de Deus. Não se cuida de vidas de qualquer jeito, mas com amor, testemunho, alicerce e profunda fundamentação na Palavra do Senhor.

A palavra de Deus anda esquecida nos meios evangélicos; é preciso restaurar o temor do Senhor dentro de nós, não só levando uma vida reta diante de Deus, mas também sendo conhecedores da Palavra para que nossos conselhos não sejam “achismo” na vida das pessoas.

Vejo que a seguinte passagem de 1 Timóteo 3:1-7 tem sido drasticamente esquecida:

I Timóteo 3:1 Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja.
I Timóteo 3:2 É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
I Timóteo 3:3 não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento;
I Timóteo 3:4 e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito
I Timóteo 3:5 (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?);
I Timóteo 3:6 não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo.
I Timóteo 3:7 Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo.

Essas são as qualificações dos ministros de Deus; infelizmente as igrejas atualmente desprezam o mandamento do Senhor e colocam qualquer novo convertido (“neófito”) ou mesmo imaturo, despreparado para guiar uma ovelha.

Ninguém se engane: um cego não guia outro cego, senão caem os dois no precipício e aí se repete mais uma história de um frustrado com a “igreja”.

Com certeza, o texto enfocado fala dos ministros de Deus e, com certeza, todos nós, independentemente de sermos líderes ou não, temos de viver e pregar o Evangelho de Cristo.

Com o texto enfocado, apenas retiro um princípio, qual seja o de que quem quer cuidar, acompanhar, orientar, dar direções, exercer a liderança na vida de uma pessoa, de forma alguma pode ser neófito ou imaturo, tanto que grifo a palavra “neófito”.

Penso que um líder de célula, por exemplo, não precisa ter todas as qualificações do ministro de Deus, o que, aliás, até seria o ideal, mas não pode ser um neófito, até porque liderança sem maturidade e experiência com Deus e com a Palavra pode levar ao que está em I Tm 3:6, o texto grifado: “não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo”.

Conheço pessoas que são líderes de célula e não leram a Bíblia sequer uma vez toda e não é só ler a Bíblia toda, tem de ter base sólida; a Palavra da célula pode até ser evangelística, mas tem de ser dada com instrução.

Repiso, não quero aplicar o texto citado para líderes de célula e discipuladores, mas um princípio básico é o da maturidade, em oposição ao termo "neófito".

Também conheço discipuladores no mesmo nível, qual seja de pessoas não experimentadas na vida cristã, não curadas e sem alicerce nas Escrituras, cuidando e exercendo liderança sobre as "novas ovelhas" que chegam. A mazela é generalizada, observável em muitas igrejas em que a figura de liderança é descentralizada.  

O traço marcante da maturidade é a responsabilidade e precisamos fazer essa checagem nas pessoas para resguardar outras vidas, ou seja, como diz o Apóstolo Pedro, temos de ser sóbrios e vigilantes, até porque Deus vai nos pedir contas de quem estamos legitimando para fazer a obra, seja de célula, seja de discipulado, seja de ministério, etc.

Sabe, precisamos ser mais criteriosos nesse processo de legitimação de líderes e integrantes de ministério.

Engraçado, uma vez uma irmã da igreja que congrego me disse uma coisa curiosa, a de que em todos os lugares se pede referências acerca das pessoas, mas na igreja, não.

As coisas de Deus são sérias e Ele haverá de pedir contas de todas elas.

Reflita, porque hoje vivemos em tempo de muita confusão.

Pablo Ferreira
16.05.2011,
acrescido e reformulado em 26.05.2011







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