segunda-feira, 24 de junho de 2013

CURA GAY? NÃO SEJA ENGANADO COM O QUE A MÍDIA DIZ




Esses dias, a confusão está armada em torno do projeto de lei da “Cura Gay”.
Primeiramente, gostaria de dizer que esse nome chamado de “Cura Gay” foi um nome inventado pela mídia para causar sensacionalismo em torno do projeto de Decreto legislativo nº 234/2011 e, logicamente, barrar o projeto para tornar a questão da homossexualidade como algo indiscutível.
O nome “cura gay” não consta de nenhum dos dispositivos do projeto de decreto legislativo e, para provar isso, acesse o seguinte link da Câmara dos Deputados em que o projeto tramita: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=505415. Lá você verá a íntegra do projeto, incluindo a sua exposição de motivos e os pareceres dados.
Em nenhum momento, o projeto tomou qualquer orientação discriminatória em relação aos homossexuais. O que se visa é sustar a vigência de dois artigos da Resolução nº 1/99 do Conselho Federal de Psicologia, que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual.
A malfadada resolução atinge direitos fundamentais básicos do cidadão, notadamente o seu direito à autodeterminação, isto é, o direito que cada pessoa tem de se definir e gerir sua consciência, o direito de uma pessoa que, estando homossexual, não se sente satisfeito com tal orientação e quer ajuda para resolver tal condição e mudar sua orientação sexual. E, para viabilizar tal tratamento, um dos primeiros passos que a pessoa precisa saber é onde encontrar ajuda, onde encontrar um terapeuta que entenda da questão e possa atuar de forma eficaz nesse processo de mudança de orientação, o que é inviabilizado pelos atuais ditames da Resolução nº 1/99, a qual em seu art. 3º, parágrafo único assim dispõe: “Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades”.
Eu não vou entrar no mérito da questão de definir a homossexualidade como doença ou não, bem como o que a psicologia entende por cura. Não é essa a questão, não se está a discutir tais aspectos, já que, é claro, a questão não é de doença. A questão crucial é a defesa de direitos fundamentais do cidadão que quer ajuda e tratamento para mudar de orientação e se vê alvejado por balas de uma “discriminação inversa” e é obrigado a engolir que sua situação não tem jeito.
Por que a homossexualidade não tem tratamento? Só por que o movimento GLBT diz? Por que as pessoas são obrigadas a aceitar que essa é uma questão que não pode ser debatida? Só por que o movimento GLBT diz?
Assim dispõe o art. 4º da Resolução assim diz: “Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica”. Tal dispositivo viola os direitos fundamentais de livre expressão, de manifestação do pensamento, de liberdade de crença, bem como da liberdade da atividade intelectual, que não pode ser submetida a censura ou licença, além de cercear a autonomia do profissional de psicologia na atuação da corrente científica que acredita.
Essa é uma questão tão autoritária que o profissional de psicologia não pode nem se manifestar sobre o assunto, nem anunciar a pesquisa de forma pública ou tampouco anunciar que seu consultório é especializado em tal questão de ajuda profissional a pessoas que querem mudar sua orientação sexual e, sem esse sagrado direito à informação, a pessoa fica inviabilizada de encontrar a ajuda adequada.
Não se trata de questão de doença que necessita de cura, mas de uma dor, de um conflito existencial que necessita ser tratado sim; ninguém pode impor para alguém, nem mesmo o movimento GLBT, que uma pessoa tenha de se conformar com uma dor não resolvida e assumir uma “identidade gay”.
Tratamento? Sim, existe sim. E não são poucos os profissionais que acenam nessa direção e tanto é assim que, por exemplo, um grupo norte-americano de psicólogos fundou o NARTH (Associação Norte-Americana para Pesquisa e Tratamento da Homossexualidade), a qual tem produzido ampla pesquisa sobre esse assunto e capacitado muitos terapeutas a atuar nessa área: www.narth.com
Enfim, não se quer discriminar o movimento GLBT, mas espero da parte deles que eles respeitem a liberdade de quem quer mudar.

Pablo Ferreira – 21 de junho de 2013.     


   



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