Uma
das chaves do perdão das ofensas é a intercessão, isto é, neste
caso, orar pelo nosso ofensor. Em Mateus 5:44-48, Jesus diz:
“Mas
eu vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei aos que os maldizem,
fazei bem aos que vos aborrecem, e orai pelos que vos ultrajam e os
perseguem; para que sejais filhos de vosso Pai que está nos céus,
que faz sair seu sol sobre maus e bons, e que faz chover sobre justos
e injustos. Porque se amais aos que vos amam, que recompensa tereis?
Não fazem também o mesmo os publicanos? E se saudais a vossos
irmãos somente, que fazeis de mais? Não fazem também assim os
gentios? Sede, pois, vós perfeitos, como vosso Pai que está nos
céus é perfeito” (Versão Reina-Valera de 1960, traduzido
livremente do espanhol).
Aqui
vemos como nossos pensamentos realmente não são os pensamentos de Deus e
como Ele costuma nos pedir coisas que são contrárias a mentalidade
humana carnal e distorcida pelo pecado.
A
intenção do texto acima citado não é que oremos para que o nosso
ofensor receba bênçãos, mas que oremos para que ele seja alcançado
pela graça de Deus, seja para que receba o dom gratuito da salvação,
seja para que, se crente for, receba o quebrantamento quem vem do
Espírito Santo a fim de receber a transformação em seu caráter,
gerando crescimento, maturidade e libertação do engano do inimigo,
bem como para que Deus trate da situação em Seu tempo e da Sua
forma.
Deus quer que vejamos não os erros cometidos, mas a
necessidade do ofensor de receber a graça de Deus para a sua
salvação ou restauração e, assim fazendo, o Espírito Santo
transforma o ódio em amor, mudando a nossa mente, produzindo
misericórdia e compaixão em nosso coração.
Trata-se,
portanto, de ver a ofensa e o ofensor da perspectiva de Deus e não
da nossa, a fim de nos protegermos da raiz de amargura e quebrar o
poder que a ofensa tem de determinar nossos pensamentos, reações e
comportamentos. Quando não oramos pelo nosso ofensor, damos poder a
ele, permitindo que nossas ações sejam moldadas pela ofensa que ele
praticou (cf. HUNT, June. Aprenda a perdoar mesmo quando não tem
vontade. Rio de Janeiro: Propósito Eterno, 2009, p. 146-150).
Pense
nisso: Até que ponto as ofensas praticadas contra nós tem moldado
as nossas reações?
Pablo
Luiz Rodrigues Ferreira
rugidodaverdade.blogspot.com.br
[Excerto
retirado e adaptado do texto
de minha autoria: DE ESCRAVO A FILHO: REFLEXÕES NA EPÍSTOLA DE
PAULO A FILEMOM CONCERNENTES AO PERDÃO E A GRAÇA ABUNDANTE DE DEUS
NA RESTAURAÇÃO DO HOMEM, disponível em:
http://rugidodaverdade.blogspot.com.br/2012/03/de-escravo-filho-reflexoes-na-epistola_24.html]
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