Deus
nos criou com uma série de necessidades naturais a ser satisfeitas
para o nosso “bom funcionamento”, tais como alimentação,
segurança, proteção, pertencimento, amor, autoestima, realização
pessoal, de sentir que há um propósito para nossas vidas. De acordo
com Mark e Debra Laaser, todo ser humano tem sete desejos, que são
básicos e universais, quais sejam o desejo de ser ouvido e ser
entendido, de ser afirmado, de ser abençoado, de estar seguro, de
ser tocado, de ser escolhido, e de ser incluído e, é no
preenchimento e na satisfação destas necessidades, que o ser humano
valida sua própria existência e pode desfrutar relacionamentos
profundos e ricos com Deus e com as pessoas (The seven desires of
every heart. Grand Rapids: Zondervan, 2004, p. 13).
Essas
são necessidades naturais, dadas por Deus, integrantes da nossa
estrutura como seres humanos e o nosso estado de queda não mudou o
fato de que necessitamos preenchê-las para conferir significação
para as nossas vidas; são partes componentes da nossa identidade,
contudo, em razão da queda e do nosso coração corrupto pelo pecado
(Jr 17), procuramos a satisfação de tais necessidades nas coisas
criadas e nas pessoas (Rm 1:25), rejeitando o preenchimento das
mesmas em Deus e é ai que satanás entra.
"13
Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não
pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. 14 Ao
contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta
o atrai e seduz. 15 Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá
à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte"
(Tiago 1:13-15 – ARA).
Em
toda tentação, o inimigo lança sobre nós o engano de identidade,
dizendo: “falta algo em você e você precisa fazer algo a respeito
para suprir essa necessidade”. Como disse Thomas Merton: “Nossas
vidas são formatadas pelas coisas que desejamos” e, assim, o
inimigo nos leva, através do engano de identidade, a satisfazer
nossas necessidades básicas e universais de forma pecaminosa,
construindo uma vida marcada pela separação de Deus e pela
idolatria, inclusive a idolatria dos desejos não supridos e que
buscamos desesperadamente suprir no outro como se fossemos "canibais
emocionais".
Pense
nisso: Qual é a fonte de sua fome emocional? Se você é o tipo de
pessoa que não consegue ficar sem ter um relacionamento com alguém
para compensar um sentimento de vazio e solidão interior, quais são
os desejos que você busca suprir usando o outro? Quando você é
atraído para a prática de vícios sexuais, tais como a pornografia,
a masturbação, o sexo desenfreado, o adultério, os parceiros
múltiplos, quais são os desejos que você busca desenfreadamente
suprir porque você não recebeu nos anos de formação de sua
personalidade? Dentro dessas experiências elencadas acima, qual o
desejo não suprido: o desejo de ser ouvido e ser entendido, de ser
afirmado, de ser abençoado, de estar seguro, de ser tocado, de ser
escolhido ou de ser incluído?
Quando
você entende onde a tentação está lhe tocando quanto aos desejos
que você quer ver suprido, fica mais fácil vencê-la com a ajuda do
Espírito Santo.
Pablo
Luiz R. Ferreira
rugidodaverdade.blogspot.com.br
[Nota:
excerto extraído de outro texto de minha autoria, chamado “Um
novo imaginário, uma nova mentalidade”,
adaptado e acrescido nesta oportunidade com as perguntas no fim do
capítulo para promover uma reflexão mais profunda. Acesse: http://rugidodaverdade.blogspot.com.br/2013/01/um-novo-imaginario-uma-nova-mentalidade.html].
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