"A culpa, seja ela
falsa ou verdadeira, só pode ser resolvida de duas formas. Ou tem que ser
perdoada ou castigada. Quando não podemos obter o perdão, temos que achar uma
forma de autopunição física, mental ou circunstancial..." (Cecil Osborne,
The Art of Understanding Yourself).
Apesar da culpa ser um
sentimento salutar para nos levar ao arrependimento perante a cruz de Cristo e
servir de trampolim para um processo de renovação de mente, ela também é uma
arma letal (juntamente com a vergonha) que o diabo usa para destruir a nossa
identidade e, consequentemente, nossa saúde emocional quando não devidamente
administrada.
A culpa transforma-se em
uma arma letal nas mãos do inimigo quando, embora tenhamos pedido perdão a Deus
por algum ato falho, não conseguimos estender esse perdão a nós mesmos.
Não é o suficiente perdoar
aqueles que nos maltratam. Temos de abordar questões em nosso coração que
permitiram a nossa entrada no ciclo da amargura, tal como a dificuldade de se
perdoar e de se aceitar como Deus nos projetou para ser.
Uma pessoa que não se
perdoa e não se aceita frequentemente guarda rancor das pessoas por mínimas
coisas, porque ela mesma não se ama e fica no ciclo da autorrejeição.
Não conseguir se perdoar e
não conseguir se aceitar por causa da culpa (e da vergonha) é uma grande
barreira para nossa paz de espírito e nos leva para a prática de condutas
autodestrutivas para compensar a dor interna da autorrejeição, tais como comer
demais, vícios (alcoolismo, sexo, drogas, vício em trabalho, atividades, jogo,
ativismo religioso, etc.), desqualificar suas conquistas, manter-se em
relacionamentos tóxicos, duvidar de seus dons e capacidades, sabotar seu
sucesso com o medo, esconder quem somos para agradar os outros.
A dor interna da culpa não
resolvida leva-nos a um ciclo de dependência de coisas e pessoas,
acorrentando-nos.
Comece a pedir ao Espírito
Santo que lhe revele essas áreas de culpa e de vergonha que lhe impedem de se
autoaceitar e se perdoar a fim de que você seja livre pelo arrependimento e
cura das lembranças penosas. Divida-as com uma pessoa madura na fé que tenha
condições de escutar e orar juntamente com você sobre isso (Tiago 5:16); em
oração, decida perdoar-se e renuncie a culpa, a vergonha e a autorrejeição, confessando
e "espremendo" todos os sentimentos negativos que você tem em relação
a si mesmo.
Perdoe quem lhe feriu.
Perdoe-se e aceite-se pelo
sangue de Jesus e seja livre.
Comece a ministrar sobre a
sua alma: "ainda que eu tenha feito algo vergonhoso, eu me perdoo e me
aceito profunda e completamente". Isso não é algo instantâneo; é uma
semente que você planta, aduba e rega todos os dias até que vire uma grande árvore
de autoaceitação.
Lembre-se: quando aceitamos
quem somos e nos vemos como Deus nos vê, ganhamos poder espiritual para se
despojar e abandonar as falsas identidades; quando sei quem sou em Deus, começo
a ter a capacidade de retirar de mim o que não sou.
Desacorrente-se.
Pablo Luiz Rodrigues Ferreira
rugidodaverdade.blogspot.com.br
pablolrferreira@hotmail.com